A viagem e a chegada

Ola, queridos!
Cheguei! Estou em Vancouver desde o meio dia de ontem, mais ou menos.
A viagem foi mega cansativa, bem mais do que eu imaginava... Foram 10 horas de Sao Paulo a Toronto e mais 5 de Toronto a Vancouver, fora a 1h30 de espera da conexao e mais 1 hora de espera das malas na chegada e uns 30 minutos do aeroporto ate a minha homestay. Ou seja, quase 20 horas viajando... E tanta coisa pra contar que vou dividir esse primeiro post em 2 partes:

1) A viagem

Nem preciso dizer o quanto estava apreensiva e com medo. Voces me conhecem... Mas, como Deus e Pai, na ida sentou ao meu lado uma Priscila (literalmente!), que estava como eu, viajando sozinha pela primeira vez, indo para Vancouver e deixando o marido e a familia. Choramos juntas por um minuto, de emocao pela coincidencia. Nos afeicoamos de cara e dai comecou a primeira parceria importante da viagem. Me tranquilizei em saber que teria um apoio para fazer a conexao em Toronto, que tanto me amedrontava.
O voo foi super tranquilo, embora pouco confortavel para uma viagem tao longa. Os comissarios muito solicitos, mesmo os que nao falavam portugues se interessavam em entender o que pediamos.
Em Toronto tive a primeira emocao da viagem. O meu voo para Vancouver tinha sido cancelado. Foi um choque! Pensei: Como assim? E agora, como vou resolver esse problema sem falar o idioma do pais? Nesse momento, encontrei um grupo de 4 brasileiros, sendo que 1 (apenas 1) falava ingles. Ufa! Juntos somos mais! Me '"agarrei" neles e fomos resolver o problema. O interprete era um garoto mineiro, de uns 17 ou 18 anos, chamado Joao Rodrigo, que com muita calma e dominio do idioma resolveu tudo para o grupo. Depois de tudo ok, ele olhou para mim e disse: Calma! No Japao eu subi o monte Fuji sem dinheiro pra descer e deu tudo certo. Estou aqui! E eu pensei e coisas: 1a) Que inveja da coragem da juventude! 2a) Se eu pudesse voltar no tempo e dizer algo para a Priscila de 18 anos, diria: Estude ingles com dedicacao para nao passar apertos!
De Toronto a Vancouver, na minha opiniao, foi o pior da viagem, pois eu ja estava cansada. Mas, valeu a pena chegar e ver do alto as montanhas que cercam a cidade com os seus cumes cheios de neve, como eu acho que sao os alpes suicos. Imagem que emocionou todos os brasileiros que conheci.

2) A chegada

Eu cheguei na minha homestay, dei 'oi' para a Tracy, minha host mother, para as criancas, Joshua (11) e Cody (14), entrei no meu quarto e cai no choro...
Voce pode pensar que isso e coisa de menina tonta e caipira. Pode ser que seja mesmo, mas, quando vi o meu quarto, me deu um misto de saudade e arrependimento, sei la... Arrumei tudo, chorando, obvio, tomei um banho, me acalmei e fui com a Tracy ao supermercado. E la me choquei com a beleza e a educacao dos funcionarios. Eles conhecem os clientes recorrentes pelo nome e sao solicitos e sorridentes. Me senti no filme Show de Truman, sabe? La comprei o bus card, pois minha vida aqui sera de transporte publico, e voltamos para casa com um carro emprestado de uma funcionaria do supermercado, pois, o carro da Tracy quebrou. Acreditam? Nem eu acreditei. Na volta conheci o David, meu host father, que estava andando de moto na hora que eu cheguei, e dormi um pouco, ja que estava com dor de cabeca e cansadissima. Depois disso, acordei melhor, jantei com eles (tensao total, como voces podem imaginar, por conta da comunicacao precaria), entreguei os presentes que eu trouxe (um livro de fotografias do Brasil para o casal - com textos em ingles - e uma camisa oficial da selecao brasileira para cada filho). Eles adoraram! Foi um momento de quebra de gelo tanto para eles quanto para mim. Relaxei, conversei um pouco com eles e fui dormir, pois, ainda tinha um ultimo desafio a superar no dia seguinte: ir a escola de onibus e conseguir chegar no horario sem me perder.... A historia continua....